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Celebridade nacional

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Ninão, de 21 anos e 2,29m de altura torna-se uma celebridade nacional. Joelison Fernandes da Silva, 21 anos, seria um rapaz igual a outros do Brasil se não tivesse 2,29m de altura e, conseqüentemente, na atualidade, fosse o segundo homem mais alto do mundo.

Ninão, de 21 anos e 2,29m de altura torna-se uma celebridade nacional.

Joelison Fernandes da Silva, 21 anos, seria um rapaz igual a outros do Brasil se não tivesse 2,29m de altura e, conseqüentemente, na atualidade, fosse o segundo homem mais alto do mundo.

Residente numa casinha simples do sítio Cajazeiras, no município de Assunção, a 216 Km da Capital, Ninão, como é mais conhecido, já conseguiu resolver o problema de morar numa casa adaptada para o seu tamanho, pois o Governo do Estado, via Cehap, nos próximos dias dará início à construção de sua nova moradia.

Ao ser descoberto por um amigo meses atrás, Ninão deixou de ser o rapaz gigante e solitário do sítio Cajazeiras, para se tornar, digamos, celebridade nacional. Com o cachê já ganho em alguns contratos de publicidade, ele adquiriu uma motocicleta Honda, ano 1996, de 125 cilindradas, para fazer os passeios entre sua casa e o centro de Assunção, a três quilômetros de distância. Pagou R$ 2.500,00 pelo novo transporte e está à espera dos novos prêmios que ganhou no Sudeste do País, em programas de televisão.

Até ser descoberto, Ninão trabalhava como agricultor ou servente de pedreiro. Ajudava o pai, José Balduíno da Silva, 47 anos, nesses afazeres. Quando surgiu pela primeira vez na TV, ostentando o corpanzil de moço caririense, arranjou emprego na Rede de Supermercado Compremais, de Campina Grande, com quem firmou um contrato de publicidade de um ano. Durante esse período, Ninão receberá um salário-mínimo por mês, além de cesta básica adequada para o seu consumo. Também foi contemplado com um plano de saúde, embora, aparentemente, não sofra de mal nenhum.

Por enquanto, esta é a rotina de um homem grandão, que saiu do anonimato por um feliz acaso. Mas, até chegar onde chegou, Ninão teve que suportar a curiosidade pública, sempre que decidia sair de casa. Aos cinco anos, ele já era maior que Joebson, seu irmão mais velho. “Joebson tinha sete e Ninão passava dele um bocado de centímetros”, explica Balduíno. Atualmente, Ninão é 59 centímetros maior que o irmão. E Joebson nem liga para isso. Quando a reportagem chegou ao sítio Cajazeiras, guiada por um menino de Assunção, Joebson e mais duas pessoas ajudavam na construção de uma garagem, que vai servir para abrigar seu próprio carro e um Fiat Doblô novinho, que Ninão ganhou em São Paulo.

O Fiat foi presente do programa Tudo é Possível, da TV Record, comandado por Eliana. Os móveis, que foram dados pela rede de Lojas Maia, serão colocados na casa nova, com forras de 3,20m de altura, para que Ninão possa passar sem se curvar, como faz atualmente, ao entrar na casa de seus pais. Motorista desde os 14 anos, Ninão disse que usará o Fiat Doblô para passear com a família. “Foi o único carro que coube meu corpo sem forçar as minhas pernas”, explica.

Do sítio Cajazeiras às metrópoles

Com sua altura incomum e calçando sapatos de nº 59, Ninão sempre enfrentou obstáculos para viver uma vida normal. Sua cama atual foi feita em Recife, sob encomenda de um patrocinador. A fábrica de tênis Penalty, criou uma fôrma especial, para fazer os calçados do gigante. A primeira namorada ele arranjou aos nove anos. Era uma menina do colégio onde estudava. Ela não se incomodava com a altura de Ninão. Depois, vieram outras, que se sentiam acanhadas com a estatura do rapaz. Agora, depois de aparições na TV e de se tornar detentor de um recorde que poderá levá-lo ao Guiness Book, as moças passaram a cortejá-lo com insistência.

“Vou cuidar de estudar e fazer carreira em alguma coisa, já que não me definí, ainda, por uma profissão. Quanto a namorar sério, ainda vou pensar”. Ninão fala assim, com simplicidade. É tímido. Ainda não se acostumou ao assédio de tantos curiosos. Chega gente dos confins da Paraíba para vê-lo. Balduíno afirma que veio pessoas de São Paulo, Rio, Belo Horizonte, apenas para conversar com Ninão. Depois que passar o burburinho da curiosidade, ele vai continuar os estudos em Assunção. Deixou os livros na quarta-série do ensino fundamental, para administrar os frutos da súbita fama que o atingiu.

Não é à toa, então, que ele é o homem mais alto do Brasil. Ninão jamais seria conhecido se a TV não tivesse mostrado o homem mais alto do mundo, o chinês Xi Shun, 55 anos, de 2,36m de altura. Ele só é maior que Ninão sete centímetros. Depois de constatar esta diferença de altura entre Ninão e Xi Shun, um amigo da família cuidou de trazer o gigante paraibano para a Capital. Aqui, depois de entrevistado pelas redes locais de televisão, a fama chegou nos dias seguintes. Ele não parou mais. Balduíno acredita que, do jeito que as coisas estão indo, Ninão poderá fazer a sua vida. “É só ele administrar o que está ganhando e cuidar do futuro”, ensina.

Não existe nenhum gigante na família de Ninão. O pai, Balduíno, tem 1,75m de altura. Divanilda, a mãe, é 10 centímetros menor que o marido. Os irmãos Joabson, Janielson, Jucielma e Julemina, são de estatura mediana. Balduíno garante que nenhum médico, até agora, explicou o porque do tamanho agigantado de Ninão. O pai também diz que o filho não tem doença nenhuma, nem se queixa de nada. Ninão dorme bem e come razoavelmente. A alimentação do rapaz nada tem de especial. É o que come todo habitante do Cariri: feijão, arroz, carne de boi ou bode, aves, farinha e, quando tem, alguma caça.

O único esporte que praticou, quando menino, foi o futebol. Mas não era todos os dias, não. A meninada olhava para ele e dizia: “o cara é grande prá gente. É melhor botar ele no gol”. Ninão não via constrangimento nisso. E, quando dava, ele defendia uns chutezinhos na defesa. Os bicudos atravessavam o campo. A meninada ria, mas não gostava quando Ninão acertava o gol. Hoje, seu principal passatempo é andar na moto, que lhe chega aos joelhos. Ninão é maior que o beiral da casa de seu pai. Ereto, ele ultrapassa a construção em mais de 40 centímetros.

Saiba mais!

Assunção, a terra de Ninão, já se chamou Estaca Zero. Era o distrito- limite entre Taperoá, no Cariri, e Salgadinho, no Sertão. Hoje é, somente, Assunção, muito conhecido por causa da sua produção de pinhas. Agora, Ninão é o cartão postal do município. Para chegar na casa do gigante entra-se por uma estrada de barro. Não é preciso perguntar muito. Qualquer pessoa aponta a direção certa, para o visitante não se perder nas bifurcações. Ninão, que costuma andar nu da cintura para cima, está sempre por perto do sítio Cajazeiras, pilotando a sua moto. Quando ele senta, os amortecedores colam os anéis. Ele não se importa.

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A União

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