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Combustível da algaroba

Pesquisador quer transformar a algaroba, planta predominante no Cariri paraibano, em fonte de álcool combustível.

Depois de ser transformada em alimentos e bebidas, centros universitários da Paraíba vão mais longe com a algaroba. Avaliem as vantagens de se utilizar recursos abundantes da natureza sem agredir direta ou indiretamente o meio-ambiente. Pesquisador quer transformar a algaroba, planta predominante no Cariri paraibano, em fonte de álcool combustível.

Depois de ser transformada em alimentos e bebidas, centros universitários da Paraíba vão mais longe com a algaroba. Avaliem as vantagens de se utilizar recursos abundantes da natureza sem agredir direta ou indiretamente o meio-ambiente. De se produzir energia elétrica para uso industrial e residencial através de uma fonte inesgotável, ou um combustível que diminuiria substancialmente a emissão de gases poluidores da atmosfera, que hoje têm contribuído para o aumento do aquecimento global. Essa realidade já é possível e está sendo desenvolvida na Paraíba através de centros de pesquisa como a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).

O engenheiro de alimentos e doutorando em engenharia de processos, Clovis Gouveia da Silva, trabalha há oito anos com a algaroba, planta hoje predominante na vegetação do Cariri paraibano. Depois de transformar as vagens da algarobeira em alimentos e bebidas, como farinha, pães e cachaça, agora monta um projeto, fruto de seus estudos para doutorado, para transformar a planta numa fonte de álcool combustível.

O produto já foi obtido em laboratório num projeto produzido numa equipe na qual Clovis está integrado em parceria com a UFCG. O próximo passo, segundo o pesquisador, é montar uma micro-destilaria na região do Cariri para desenvolver, após a avaliação da qualidade do produto, uma produção em média escala do combustível.

Superando até a “internacional” cana-de-açúcar

"Depois de concluído todo o período de pesquisa e qualificarmos a qualidade do produto para adequá-la ao requerido para consumo em grande escala, devemos passar a produzi-lo através de um simples processo de pulverização de micro-destiladoras em todo o interior do Estado, que se dividiriam em três partes, a extração, a fermentação e a destilação", declarou Clovis.

Segundo a pesquisa, a algaroba possui até 46% de açúcares possíveis de serem transformados biotecnologicamente em bebidas fermentadas ou biodestilados, podendo fornecer um total ideal de 260 litros por tonelada. O número supera substancialmente o da planta que é hoje a principal fonte de extração de álcool, a cana-de-açúcar, que alcança, no máximo, 20% de açúcares fermentecíveis, dando um total de 90 litros por tonelada.

Dentre as importâncias sociais para a região do Cariri destaca-se que esta possui grandes áreas ocupadas com a algaroba sendo sub-utilizadas como alimento para animais. Como é cultivada hoje, a algaroba causa problemas ambientais, que passariam a ser controlados se a cultura da planta fosse controlada para a finalidade de obtenção de combustível. Em adição a estes fatores, o pesquisador mostra que não seria necessária uma implantação de cultura, como seria o caso da de cana-de-açúcar, pois ela já existe em grande quantidade no interior do Estado, restando apenas a realização do devido aproveitamento do potencial desta reserva de recursos.

"Os resultados são animadores. Acreditamos que este será um produto de grande importância para o semi-árido do Nordeste, pois serviria de suporte durante a entressafra da cana-de-açúcar, o que serviria como fórmula para minimizar o desemprego no período", enfatizou.

Cerca de 100 casas possuem hoje em João Pessoa um sistema de aquecimento d’água através de energia solar. Na cidade cinco hotéis já utilizam o sistema e vários condomínios fazem uso da tecnologia tanto para o aquecimento d’água fornecida ou para piscinas de cobertura. A informação é do empresário Rogério Kluppel, dono de uma fábrica de coletores de energia, a Solar Tech, e um dos fundadores do Laboratório de Energia Solar (Les) da UFPB.

O custo médio para a implantação em uma residência é de 3 a 4 mil reais. "A Paraíba foi a pioneira em termos de estudo sobre aproveitamento da energia solar e desde 200′ está visualizando a possibilidade de emprego desta em larga escala", disse Kluppel.

Há 34 anos, desde 1973, quando foi fundado, o Les vem produzindo pesquisas que abordam diversas formas de geração de energia alternativa, que vai desde a conversão térmica de energia solar para sistemas de aquecimento d’água, levantamento de dados meteorológicos e climatológicos sobre a incidência da radiação solar em João Pessoa, dessanilização da água até a conversão da energia solar em energia elétrica.

De acordo com o coordenador do Les, professor Zaqueu Ernesto, atualmente o laboratório tem procurado ampliar os campos de pesquisa e analisado as aplicações do uso do gás natural e do biodiesel. "Utilizando a energia solar pesquisamos sistemas de desinfecção de água, refrigeração por absorção por energia solar ou via gás natural, a caracterização térmica e radiativa dos materiais e a produção de gelo", esclareceu o coordenador. Como aplicações práticas da tecnologia, Zaqueu destaca que o Restaurante Universitário tem, há oito meses, utilizado um sistema de aquecimento d’água de seis mil litros pela capação da luz solar.

taperoa.com
O Norte

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