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Cultura nordestina

"A Pedra do Reino", gravado em Taperoá, estréia no mês de junho mostrando folclore paraibano.
Luiz Fernando Carvalho aposta mais uma vez na cultura nordestina em sua próxima microssérie, desta vez com caras novas encabeçando o elenco. Com estréia prevista para junho, A Pedra do Reino – gravada em Taperoá, no sertão da Paraíba – arrisca ao usar atores regionais praticamente desconhecidos conduzindo a história. "A Pedra do Reino", gravado em Taperoá, estréia no mês de junho mostrando folclore paraibano.
Luiz Fernando Carvalho aposta mais uma vez na cultura nordestina em sua próxima microssérie, desta vez com caras novas encabeçando o elenco. Com estréia prevista para junho, A Pedra do Reino – gravada em Taperoá, no sertão da Paraíba – arrisca ao usar atores regionais praticamente desconhecidos conduzindo a história. Entre eles, o estreante Irandhir Santos, 28 anos, que vive o protagonista Quaderna.

A trama é baseada no romance homônimo de Ariano Suassuna e mistura fantasia e realidade em uma linguagem fantástica, retratando os delírios do personagem central. Durante o Estado Novo, o bibliotecário Quaderna passa a acreditar ser "rei", depois de analisar sua árvore genealógica. Além de suas pretensões "monárquicas" serem consideradas suspeitas, o Juiz Corregedor, de Cacá Carvalho, investiga sua participação em um assassinato.

Assim como nas duas edições de Hoje é Dia de Maria, a microssérie incorpora elementos da linguagem teatral, uma experiência que o diretor Luiz Fernando Carvalho pretende continuar. Ele acredita que a tevê possa ser mais do que diversão e, por isso, procura dar uma dimensão artística a seus trabalhos. "É necessário que os verdadeiros profissionais dessa área pensem nisso como uma nova missão. Ou sigo por este caminho ou, para mim, nada faz sentido", justifica.

A idéia de escalar atores com pouca experiência em teledramaturgia favoreceu o trabalho do preparador de elenco, o ator Ricardo Blat. Apesar de parte do grupo já ter participado de alguma produção cinematográfica ou televisiva, a formação teatral dos selecionados ajuda na hora de intensificar as reações e os sentimentos dos personagens. "Aqui a linguagem é mais expressiva. A gente amplia emoções através do gestual, do olhar. Isso ajuda a contar a história de maneira completa", argumenta Ricardo, que trabalhou com Luiz nas duas temporadas de Hoje é Dia de Maria.

O pernambucano Irandhir Santos tem algumas peças e três filmes no currículo – Cinema, Aspirinas e Urubus, Baixio das Bestas e Amigos de Riscos, que será lançado em 2007. Acreditando que o protagonista é um "ponto de interrogação ambulante", o ator arranjou um jeito inusitado de compor o personagem: decidiu aplicar, ao pé da letra, esse formato na postura corporal. "Ele tem bundinha empinada e o peitinho para frente", brinca, carregando no sotaque. Irandhir não tinha lido o texto até receber do diretor um exemplar do livro. "Quando falei da minha admiração pelo Quaderna, o Luiz disse que era meu", lembra.

Natural de Campina Grande, a atriz Millene Ramalho, 25 anos, levou um susto ao ser selecionada para viver Margarida, mulher escolhida pelo Juiz Corregedor para ser sua datilógrafa durante o inquérito. A atriz saiu da cidade natal para estudar Artes Cênicas no Rio quando tinha 17 anos e, disposta a aprimorar seus conhecimentos, embarcou em uma viagem à Europa para cursos de interpretação e canto lírico. Foi nesse período que seu material foi encontrado na emissora – a atriz fez pequenas participações em Da Cor do Pecado e Belíssima. "Fui chamada no meio de setembro. Peguei um avião de Paris para o Rio e, no dia seguinte, estava viajando para a Paraíba. Foi uma correria", diz Millene.

A adaptação do livro lançado em 1971 por Ariano Suassuna abre caminho para Luiz Fernando colocar em prática um sonho que já dura 20 anos: o projeto "Quadrante", que retrata cada estado brasileiro através de uma obra literária. Para a próxima edição – a idéia inicial é produzir duas microsséries por ano -, a obra literária já foi escolhida: Corpo Presente, de João Paulo Cuenca, explorando o cenário carioca. A meta é trabalhar em todos os estados do país. "Postos lado a lado, os textos revelarão, a exemplo de um caleidoscópio, um Brasil rico culturalmente, mas com sentimentos contraditórios", explica Luiz Fernando.

taperoa.com
Terra

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