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Má distribuição d’água

O maior problema de parte do Semi-Árido nordestino não é a falta de chuvas e sim a má distribuição espacial de água com as populações que residem, principalmente, na zona rural de municípios como Monteiro. O maior problema de parte do Semi-Árido nordestino não é a falta de chuvas e sim a má distribuição espacial de água com as populações que residem, principalmente, na zona rural de municípios como Monteiro.

Em julho do ano passado a reportagem de A União percorreu mais de três mil quilômetros em cinco Estados nordestinos, visitando comunidades isoladas em diversos municípios. Um desses municípios foi Monteiro.

Ontem, o jornal voltou a alguns desses locais e pôde constatar que, apesar das chuvas que têm caído nos últimos dias, as populações rurais continuam sofrendo com a falta de água para o consumo humano.

O drama do agricultor Luiz Ferreira da Silva, 73 anos, se arrasta por anos a fio. Em julho do ano passado ele não tinha água para beber e dependia do carro-pipa contratado pelo Exército para abastecer uma cisterna construída pelo Projeto Cooperar.

Ontem o seu drama continuava o mesmo. Na cisterna há pouco mais de 100 litros de água. Quando abriu a tampa da cisterna, ontem, ele descobriu uma rã convivendo com a água. Com ela, centenas de filhotes. "Pronto. Perdi a pouca água que ainda tinha. Agora vou ser obrigado lavar a cisterna e ligar para o major pedindo um caminhão de água", contava Luiz Ferreira.

Mas ontem, diferente de julho passado, ele estava alegre, mesmo com a descoberta da água perdida na cisterna. Um pequeno roçado de feijão, milho e fava está viçoso em um pequeno pedaço de terra de sua propriedade.

Mesmo com as chuvas os carros-pipa continuam circulando pelo município de Monteiro. "O povo não tem água para beber e a única solução é apelar para os carros-pipa que o Exército paga", diz Antônio Ferreira Gonçalves, que A União encontrou em julho passado.

"Aqui continua tudo do mesmo jeito: choveu, mas a chuva não fez água, e a população só tem água de qualidade quando chega esse caminhão que eu dirijo. Às vezes eu até acho que ajudo muito essa gente", afirma Antônio.

taperoa.com
A União

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