| FESTA DE VAQUEIROS |
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I
Vaquejada é um esporte
Do nordeste brasileiro
Terra de gente feliz
De um povo hospitaleiro
Nativa e apaixonado
Por mulher bonita e gado
No reduto do vaqueiro
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II
O vaqueiro se prepara
Pra festa de apartação
Arrumando seu cavalo
Pensa na premiação
Se concentra no serviço
Assumindo o compromisso
Quer ser mais um campeão.
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| III
Solta a prosa pra morena
Enquanto olha para o gado
Só se pega no futuro
Quer esquecer o passado
Relembrando coisa boa
O seu pensamento voa
Quando está apaixonado
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IV
Eu amei você menina,
Com amor e devoção
Eu vivi muito nós dois
No fundo do coração
E hoje vivo sozinho
Perambulo no caminho
Por falta dessa paixão
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| V
“Eu não posso mais viver
nesta vida de regresso
vou dar a volta por cima
vou fazer muito sucesso
minha medalha de artista
vou buscar dentro da pista
eu lhe digo, eu lhe confesso.
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VI
Vamos dar início a festa
Circuito de vaquejada
No parque, Mandú Farias
Começa a nossa jornada
Vaqueiro, preste atenção
Se quiser ser campeão
Tenha a senha reservada
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| VII
Começada a grande festa
Cada senha, já formada,
Abre a porteira do brete
Sai o boi em disparada
Cavalo, boi e vaqueiro
Cada um, um companheiro
Na festa da vaquejada
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VIII
Locutor conta o serviço
Das duplas em seu estado
Os feitos de cada um
E diz aonde é afamado
Fala o que ele representa
O locutor nada ausenta
Narra bem o combinado
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| IX
E menciona os vaqueiros
De cada um, sua historia
Descreve bem o momento
Relembrado na memória
Fala de qual vaquejada
A dupla foi batizada
Para uma vida de glória
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X
Nas duplas de Pernambuco
Eu só falo com afeto
Da Bahia ao Ceará
O Maranhão ta completo
Do Rio Grande ao Piauí
Vaqueiro bom passa aqui
Formando um grupo seleto
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| XI
Paraíba e Alagoas
Sergipe sem divisória
Nordeste a dentro se encontra
Numa linda trajetória
No circuito nacional
Cada etapa é uma final
É prova eliminatória
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XII
Cada cavalo açoitado
Leva um vaqueiro fiel
Trabalhando com o boi
Vai merecendo o troféu
Recebendo do seu par
Na faixa vai derrubar
Fazendo um lindo papel
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| XIII
O vaqueiro apruma o boi
Na cadência da carreira
Prepara pra derrubar
Vai ajeitando o esteira
Quando cai o boi no chão
Tudo vira animação
Ali mesmo na poeira
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XIV
O povo todo se agita
Com a nota validade
O vaqueiro acena ao povo
Fica esperando a chamada
Faz carinho no cavalo
Se agiganta no intervalo
Quando derruba a boiada
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| XV
No descanso da puxada
Lá se encontra a boemia
A noite é de muita farra
Tudo em volta é alegria
E todo mundo é irmão
A festa de apartação
Conserva sua magia
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XVI
Cada um recita um verso
Oferecido à amada
Todo vaqueiro é poeta
Poeta bom de toada
Relembrando seus aboios
Quando saem nos comboios
Tangendo sua boiada
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| XVII
De volta para a disputa
Já começa a decisão
O vaqueiro entra na pista
E se apronta no mourão
Sai derrubando na faixa
O valei boi logo encaixa
Confirmando a comissão
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XVIII
A disputa segue em frente
É derrubar pra vencer
Vaqueiro bota pegado
Só na faixa pra valer
Se quiser seguir em frente
Seja muito competente
Faça o que tem que fazer
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| XIX
Trabalhando com o boi
Mas que cenário bonito!
Quero ver subir poeira
Quero sentir o atrito
Preparando pro ataque
O vaqueiro quando é craque
Faz serviço de perito
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XX
Na procura da vitória
Numa noite finalista
O momento principal
É de ver cada um artista
Curtir a premiação
Dar um tchau para o povão
Saboreando a conquista
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| XXI
Terminada a grande festa
A alegria é uma só
A vaqueirama vai a farra
E na farra tem forró
Mas ninguém fica de fora
Pois tem gente todo hora
É grande o borogodó
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XXII
Outra vez sai mais um verso
Pra reviver o passado
Outros fazem pro presente
Pro futuro tão sonhado
Retirando o seu chapéu
Levantando para o céu
Pra que seja abençoado
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| XXIII
Agradece ao santo Deus
Por vencer uma jornada
Com fé em nosso Senhor
E amor na vaquejada
Com o prêmio garantido
Tudo é agradecido
E prossegue a temporada
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XXIV
Chegam juntos os amigos
Parabéns ao campeão
O serviço foi bem feito
Muito justa a comissão
Vaqueiro, cavalo e gado,
Todos deram seu recado
Que bela organização.
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