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Palma resistente

Emepa lança variedades de palma resistentes à cochonilha-do-carmim. O avanço da praga é irreversível na Paraíba e os pesquisadores afirmam que é preciso conviver com o problema. Emepa lança variedades de palma resistentes à cochonilha-do-carmim. O avanço da praga é irreversível na Paraíba e os pesquisadores afirmam que é preciso conviver com o problema.

O secretário da Agropecuária e da Pesca do Estado, Francisco de Assis Quintans, esteve dias atrás na Estação Experimental da Emepa de Lagoa Seca, onde presenciou o início do soerguimento da pecuária paraibana bovina e caprina, após a praga terrível da cochonilha-do-carmim (Dactylopius opuntiae) que está dizimando as áreas dessa forrageira, principalmente na Serra do Teixeira, no Cariri Ocidental, e no Vale do Piancó, deixando os criadores sem esse alimento básico para os rebanhos no período do verão.

A cochonilha-do-carmim afetou drasticamente a produção de leite no Semi-Árido paraibano, fazendo cair à metade em algumas regiões, após os índices recordes de produção dos últimos anos em que houve aumento da produção de leite na ordem de 532%.

Daí, o empenho do Governo do Estado em fazer as variedades de palma resistentes àquela praga, desenvolvidas na Emepa, chegarem o mais rápido possível aos produtores daquelas regiões atingidas, para que eles as multipliquem e repassem os materiais para os seus vizinhos de propriedade. Até março próximo, esses cultivares resistentes de palma podem chegar aos produtores para a multiplicação.

Para os técnicos da Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária (Emepa), o avanço da cochonilha-do-carmim é irreversível na Paraíba, e que só resta conviver com a praga. De que modo? Introduzindo as quatro variedades de palma forrageiras selecionadas pelos pesquisadores da Emepa, batizadas cientificamente: Palmepa 1-PB, Palmepa-2-PB, Palmepa-3-PB e Palmepa-4-PB.

“Aqui, na Estação Experimental da Emepa de Lagoa Seca, nós estamos presenciando um trabalho fantástico em prol do paraibano produtor rural que convive no Semi-Árido. Um trabalho histórico marcante no Nordeste em termos de avanço tecnológico”, comemora o secretário Assis Quintans.

Estratégia

Para o secretário de Agropecuária, o Governo do Estado não vai agir isolado nas ações contra a cochonilha-do-carmim. Há estratégia para envolver os órgãos do Governo Federal, prefeituras municipais, o setor e produtivo agropecuário, a sociedade em geral, no sentido de micro propagar e distribuir aos produtores rurais as raquetes de palmas resistentes à praga, para que assumam compromisso de multiplicar e entregar aos seus vizinhos mais cinqüenta raquetes.

Assis Quintans diz que, para orgulho dos paraibanos e nordestinos, ele desconhece no mundo um local que tenha identificado a utilização da palma dentro de uma tecnologia para uso inclusive na suinocultura, aviculturas, criadores de avestruz, demonstrando a viabilidade econômica dessa forragem ao setor produtivo, em relação à soja.

A prova é que de 2003 a 2007 houve um crescimento na produção de leite no Semi-Árido paraibano de 532%, um marco histórico no estado, antes do declínio desses números por causa da cochonilha-do-carmim.

"O Governo do Estado não vai agir isolado nas ações contra a cochonilha. Há estratégia para envolver os órgãos do Governo Federal, prefeituras e do setor produtivo agropecuário”, complementou Francisco de Assis Quintans.

Infestação da praga começou em Monteiro

A cochonilha-do-carmim produz um corante chamado carmim, muito usado em alimentos, cosméticos, bebidas (Campari é feito com corante carmim), até na indumentária do papa e cardeais. O México e Peru são os maiores produtores dessa cochonilha benéfica.

A cochonilha-do-carmim trazida ao Brasil para desenvolver a produção de carmim no Sertão pernambucano, veio errada. Em 2001, a praga apareceu em Monteiro, na Paraíba. Pensava-se que fosse a cochonilha verdadeira, mas esta é a falsa e a que está exterminando as áreas de palma forrageira.

“Temos uma área de aproximadamente 150 mil hectares de palma infestada. A nossa produção de leite diária de 50 mil litros caiu pela metade. A cochonilha dizimou a palma o alimento principal do gado na época da estiagem”, afirma o engenheiro agrônomo e fitopatologista Edson Batista Lopes, que comanda a equipe de pesquisadores da Emepa -Ivanildo Cavalcante de Albuquerque, Carlos Henrique de Brito e Rêmulo Carvalho -no trabalho exaustivo de avaliação de dezesseis materiais cultivares, donde resultou as quatro variedades de palma resistentes à cochonilha-do-carmim.

São essas variedades de palma – Palmepa 1-PB, Palmepa-2-PB, Palmepa-3-PB e Palmepa-4-PB- que o Governo do Estado vai introduzir a partir de agora no Cariri paraibano e outras regiões de ocorrência da cochonilha-do-carmim, a exemplo da Serra do Teixeira, Cariri Ocidental e Vale do Piancó.

Quanto ao Sertão, os técnicos da Emepa acreditam ser necessário desenvolver cultivares de palmas resistentes à alta temperatura. Atualmente a Emepa tem no banco de germoplasma de Tacima, cerca de 150 materiais tipos de palma, donde foram selecionadas as quatro espécies resistentes.

taperoa.com
A União

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