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Paraíba ocupa 1º lugar em desertificação no país

Cerca de 33% da área emersa da superfície do planeta e 46% da população mundial são atingidas pelo processo da desertificação. Atualmente 22% da produção de alimentos são provenientes de áreas passíveis ao processo. Cerca de 33% da área emersa da superfície do planeta e 46% da população mundial são atingidas pelo processo da desertificação. Atualmente 22% da produção de alimentos são provenientes de áreas passíveis ao processo.

No semi-árido paraibano, mais da metade (56%) da área sofre alterações provocadas pelo homem e somente 4% destas terras estão protegidas em unidades de conservação. Esta realidade coloca a Paraíba em primeiro lugar no país em relação à desertificação. Segundo estudos realizados pela organização não-governamental Greenpeace, o problema já afeta diretamente mais de 653 mil pessoas.

De acordo com o secretário executivo da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente da Paraíba (Sectma) Jurandir Xavier, se não houver um trabalho de recuperação urgente das regiões atingidas, o Cariri e o Seridó poderão se transformar em desertos em um prazo de 20 anos. A transposição das águas do Rio São Francisco também aparece como uma alternativa para minimizar o problema.

Ele observou que a desertificação não é apenas um problema ambiental, mas também social e para conseguir barrar o processo é preciso que sejam implementadas ações para diminuir a pobreza nas localidades que circulam nas áreas de risco. O secretário também lembrou que houve uma parceria, há cerca de dois anos, entre os governos do Estado e Federal, firmando um plano de combate à desertificação. As ações estavam previstas para iniciarem 2006, mas até agora nada foi colocado em prática. O trabalho, inclusive, faz parte de um programa mundial comandado pelas Nações Unidas.

Para Jurandir Xavier, as ações mais urgentes previstas para serem adotadas prioritariamente no combate à desertificação constam do tratamento das águas até o reflorestamento das matas ciliares. A meta é fazer os rios brotarem água novamente em qualquer época. Isso, segundo ele, só pode ser tornar realidade com o reflorestamento e recuperação dos solos. "É preciso fazer a reconstituição das bacias hidrográficas e a recuperação das matas ciliares", disse.

Com todo o processo de aquecimento, a situação tem piorado muito, como afirmou o secretário. "As chuvas que caíram acima da média na região de Taperoá provocaram uma lavagem do solo, arrastando vegetação, retirando minerais e tornando o solo cada vez mais pobre e susceptível ao processo de desertificação", explicou.

Na Paraíba, os municípios paraibanos do Cariri, especialmente os integrantes da Bacia Hidrográfica de Taperoá, além dos municípios do Seridó e do Cariri, são os que despertam mais preocupações dos especialistas. Nestes locais já estão sendo desenvolvidos projetos de reflorestamento da mata ciliar e recuperação do solo, a exemplo do que está sendo feito pela Prefeitura de Taperoá, que comanda um consórcio de cerca de 23 municípios de combate à desertificação na região.

A cidade de Patos também é bastante atingida pela desertificação, assim como Teixeira, Sousa e outras cidades do Alto Sertão. O fenômeno é conseqüência de mudanças no clima, que provocam a seca nessas regiões, mas principalmente da ação do homem, que promove o desmatamento e as queimadas, por exemplo. "Lamentamos que o Governo Federal não tenha liberado nenhuma verba voltada para a solução do problema. O programa não deu prioridade a esse assunto. Com recursos próprios, não tivemos fôlego para tocar o projeto", comentou Jurandir.

Sobre as mudanças climáticas globais, o diretor técnico da Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (AESA), Laudízio Diniz, disse que a Paraíba deveria criar uma comissão de alto nível para desenvolver ações relacionadas ao tema (monitoramento, investimentos, pesquisa, tecnologia) visando, sobretudo, o enfrentamento dos efeitos das mudanças climáticas, na agricultura, habitação, saúde, abastecimento de água.

taperoa.com
PB.Gov

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