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Taperoá sem Ariano Suassuna

O município de Taperoá amanhece triste nesta quinta-feira (24), após saber da morte de seu ilustre filho, o escritor Ariano Suassuna. Ariano morreu no Recife, ontem, aos 87 anos. Ele estava internado desde a noite de segunda (21) na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Português, onde foi submetido a uma cirurgia na mesma noite após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) do tipo hemorrágico. Segundo boletim médico, o escritor faleceu às 17h15. O enterro está previsto para hoje, quinta-feira (24), no cemitério Morada da Paz, em Paulista, Recife.

Ariano Suassuna nasceu em 16 de junho de 1927, em João Pessoa. Com a Revolução de 1930, seu pai foi assassinado por motivos políticos no Rio de Janeiro e a família mudou-se para Taperoá, onde morou de 1933 a 1937. Em Taperoá, Ariano fez seus primeiros estudos e assistiu pela primeira vez a uma peça de mamulengos e a um desafio de viola, cujo caráter de “improvisação” seria uma das marcas registradas também da sua produção teatral. Mudou-se com a família para o Recife em 1942.

“No Sertão do Nordeste a morte tem nome, chama-se Caetana. Se ela está pensando em me levar, não pense que vai ser fácil, não. Ela vai suar! Se vier com essas besteirinhas de infarto e aneurisma no cérebro, isso eu tiro de letra”, disse ele, em dezembro de 2013, durante a retomada de suas aulas-espetáculo.

Mesmo com os problemas na saúde, ele permanecia em plena atividade profissional. Em março deste ano, Ariano foi homenageado pelo maior bloco do mundo, o Galo da Madrugada. Ele pediu que a decoração fosse feita nas cores do Sport, vermelho e preto, e ficou muito contente com a homenagem. “Eu acho o futebol uma manifestação cultural que tem muitas ligações com o carnaval”, disse, na ocasião.

O prefeito de Taperoá, Jurandi Gouveia Farias, decretou luto oficial de três dias e que a bandeira do município fique hasteada a meio mastro.

“Taperoá amanheceu triste! É com sentimento de profunda consternação que recebemos a notícia da morte do escritor Ariano Suassuna. Além de uma extensa obra, ele também nos deixa um exemplo invejável de comportamento cívico, através do seu senso crítico em relação ao nosso país. Ariano deixou um dos maiores legados da literatura brasileira. Neste momento de pesar, solidarizamos com os familiares, amigos e leitores”, falou o prefeito.

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