O estudo da Secretaria Especial foi feito em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Universidade de Brasília. Mais do que identificar quais os locais onde se concentra a exploração sexual como atividade econômica, o objetivo da pesquisa é avaliar o que vem sendo feito para combater o problema. Para isso, foram listados os programas do poder público e da iniciativa privada que auxiliam no enfrentamento a esse tipo de violência.
Programa de Combate à Exploração Sexual Infanto-juvenil realiza reunião com a imprensa
Da Redação
Integrantes do Programa de Combate ao Tráfico e à Exploração Sexual de Meninas, Meninos e Adolescentes em Campina Grande, realizam nesta quarta-feira, 26, no auditório do Museu Vivo da Ciência, uma reunião com os jornalistas dos diversos veículos de comunicação da cidade. O objetivo é estabelecer parcerias com os responsáveis pelos meios de comunicação para uma sensibilização voltada para um tratamento mais adequado às notícias sobre o público infanto-juvenil.
Durante o evento, serão discutidas formas de capacitar os profissionais de imprensa campinenses para um tratamento mais adequado ao Estatuto da Criança e do Adolescente, fortalecendo a capacidade de jornalismo investigativo e propositivo à tomada de ações de proteção às crianças. Na reunião, também serão debatidas formas de sensibilizar e capacitar os profissionais das rádios comunitárias para o fortalecimento desses meios de comunicação.
As atividades de capacitação e sensibilização dos jornalistas serão desenvolvidas em parceria com o Departamento de Comunicação Social da UEPB, Escola de Conselhos da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, articulada com a Comissão do PAIR Nacional e Municipal, que envolve vários ministérios e a Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República.
O Programa de Combate ao Tráfico e à Exploração Sexual de Meninas, Meninos e Adolescentes em Campina Grande, em execução deste setembro de 2004, é financiado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e gerenciado pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), através da Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (FURNE). Este programa busca contribuir para a diminuição da exploração sexual e tráfico de meninas, meninos e adolescentes, com ações referentes às redes de prevenção, proteção, defesa e responsabilização.
A professora Lourdes Sarmento, integrante do projeto, entende que, no momento, se faz necessário à ampliação das ações através dos meios de comunicação de Campina Grande, como uma das principais estratégias do enfrentamento desse problema. Na sua opinião, para se alcançar um resultado positivo é preciso que os atores da mídia local estejam sensibilizados e mobilizados, daí a importância dessa reunião com os jornalistas campinenses.
Ela reconhece que muitas ações governamentais e não governamentais, através de programas, projetos e ações assistenciais específicos desenvolvidos em conjunto com o envolvimento da sociedade civil organizada, têm sido ainda insuficientes para o devido enfrentamento da situação. A professora espera contar com a presença de diretores de empresas, produtores, chefes de reportagem, editores e repórteres nesta reunião.