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A Pedra do Reino

A magia ganha vida em Taperoá durante as gravações da microssérie A Pedra do Reino.

A câmera se aproxima rapidamente, enquanto a carroça gira no próprio eixo. Quando ela pára e a porta desce, aparece o velho Quaderna, protagonista da microssérie A Pedra do Reino. A magia ganha vida em Taperoá durante as gravações da microssérie A Pedra do Reino.

A câmera se aproxima rapidamente, enquanto a carroça gira no próprio eixo. Quando ela pára e a porta desce, aparece o velho Quaderna, protagonista da microssérie A Pedra do Reino.

Ele surge após uma dança, a mandala, e apresenta a história que vai se desenrolar nos oito capítulos previstos para irem ao ar na Rede Globo em junho do ano que vem, baseados na obra Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta, de Ariano Suassuna, e que dão partida ao Projeto Quadrante.

Idealizado pelo diretor Luiz Fernando Carvalho, o projeto pretende rodar microsséries pelo País, com temas, elenco e mão-de-obra locais. As cenas que irão primeiro ao ar foram filmadas segunda (18), na última semana de trabalho da equipe em Taperoá (a 250,8 quilômetros de João Pessoa).

Quase todos os 60 atores participam da dança que abrirá a microssérie. Com palmas, eles anunciam a chegada de Quaderna (o pernambucano Irandhir Santos), como o ator de uma caravana mambembe. A filmagem começou às 10 horas – a equipe técnica chegou à cidade cenográfica, erguida em uma rua da cidade, às 9.

“O Quaderna, que na minha leitura do romance me pareceu entrelaçado ao narrador, é um personagem duplo, ou melhor, quádruplo, quaternário, como um ser de duas cabeças, com olhos voltados para frente e olhos voltados para trás”, diz Carvalho, que idealizou o projeto Quadrante. “Ele é esse velho ator, velho rei, velho palhaço que, ao mesmo tempo em que continua nas estradas atrás de um tesouro deixado por seus antepassados, permanece no centro da arena contando sua história”.

A cena é rodada sob um belo céu azul com poucas nuvens, mas também à mercê de um calor implacável, que provavelmente é multiplicado embaixo do pesado figurino medieval. “Tá um calor enorme, mas a gente nem sente”, minimizou Tavinho Teixeira, que interpreta o personagem Luiz do Triângulo e é um dos 12 paraibanos no elenco.

“É uma adrenalina tão grande que a gente sublima isso”. Seu personagem é o dono da fazenda onde está localizada a Pedra do Reino. Uma história intrincada de um rei que é morto, de um julgamento, de um príncipe que volta como um salvador – com a influência das diversas culturas que formam o povo brasileiro.

Às 16 horas, começa a filmagem da “estranha cavalgada” – cerca de 40 cavalos cenográficos, alguns expelindo fogo pelo nariz, construídos com ossos de animais, palitos de sorvete, palha, bandejas de alumínio, retalhos e madeira.

As engenhocas estão perfiladas na porta da igreja, também cenográfica, para a entrada em cena, todas montadas por seus cavaleiros. É uma visão que impressiona, mas, na primeira tomada, um dos cavalos emperra, obrigando todos a recuarem e a cena a ser refeita. É uma corrida contra o tempo: as repetições se estendem até o sol se pôr, lá pelas 17h30. E aí, a conclusão fica para o dia seguinte.

taperoa.com
Jornal da Paraíba

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