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Carteira Estudantil no DCE

CONFUSÃO

Longas filas deixaram irritados ontem universitários que tentavam dar entrada na solicitação da carteira estudan-til no DCE da UFPB. O tumulto foi provocado porque a entidade só começou a atender depois das 9 horas

Fila longa revolta alunos

Diretório Central dos Estudantes da UFPB demora a abrir as portas e estudantes ficam várias horas em longa fila, para dar entrada no documento

Universitários que tentaram dar entrada na solicitação da carteira estudantil tiveram que enfrentar longas filas no Centro de Vivência da UFPB. Segundo alguns alunos, a razão da aglomeração é que o Diretório Central dos Estudantes (DCE) demorou para abrir as portas.

" Cheguei às 7h40, mas há gente aqui desde às 7h, esperando abrir o atendimento. Agora, às 9h15, começaram a atender. A fila está passado pelo RU (Restaurante Universitário) e chegando até a mata. ", diz Ana Araújo, estudante de pós-graduação.

A universitária Flávia Gomes, do curso de Letras, diz ter esperado mais de uma hora. "Chequei às 8h, quando é o horário deles abrirem. Mas, só começaram a atender agora, às 9h20. Mesmo assim, só dois guichês estão atendendo, mas ao todo são quatro. Não sei porque os outros dois não estão funcionando”, lamenta.

Um dos estudantes que estava na fila chegou a soltar uma piada quando abriram o guichê. "Aconselho a dormirem menos", gritou.

O presidente do DCE, Elly Norat, garante que o horário de funcionamento do departamento é das 9h às 20h e não a partir das 8h. "Nós funcionamos ininterruptamente das 9h até às 20h. Estamos acumulando a fila também porque o formulário é trabalhoso para preencher. São três guichês, sendo que um é para pegar formulário", justifica. Indagado se os vários estudantes que compõem o DCE não poderiam ajudar durante esse processo, ele disse que só seis ficam fazendo o trabalho e que eles só vão para lá quando terminam as aulas. Realidade bem diferente da maioria dos estudantes que perderam horas de aula para poder fazer o documento.

Secundaristas cobram providências

Se for verdade mesmo, isso é imoral. Já pagamos colégios e o diretor ainda quer ficar com a parte do dinheiro que entregamos para as carteiras?". O desabafo é da estudante de enfermagem Aline Dayse Souza. Assim como ela, outros secundaristas se mostram indignados com a denúncia feita esta semana pelo diretor-executivo da Organização Sociativa dos Estudantes das Escolas Particulares (Ossep), Mário Henrique Melo, segundo a qual, diretores de escolas particulares e estaduais de João Pessoa chegam a ficar até R$ 1 por aluno, durante o processo de emissão das carteiras de estudante.

A denúncia, veiculada na quarta-feira desta semana em O NORTE, diz que o valor seria o "instrumento de convencimento" oferecido por entidades estudantis secundaristas, para garantir que alunos matriculados nas escolas sejam influenciados a adquirirem o documento em determinada entidade.

" Acho muito errado isso. Já pagamos caro pelas carteiras para que parte desse dinheiro ainda fique para diretores", afirma a estudante Luciana dos Santos, que faz o nível técnico em escola particular.

Suelen Ferroso, que faz a primeira série do ensino médio, diz que só aceitaria tirar parte do valor pago pela carteira se fosse voltado à classe estudantil. "Se parte do dinheiro que o estudante paga pela carteira fosse revertido para o movimento, tudo bem. Mas, não para a diretoria da escola", diz.

De acordo com Curador Francisco Sagres, o estudante que se sentir lesado por diretores deve se encaminhar ao Ministério Público Estadual para registrar formalmente a queixa. Ele acrescenta, ainda, que o percentual acertado do valor do documento pode ser revertido para o grêmio estudantil nas escolas públicas. Porém, o estudante que se sentir lesado por diretores de escolas particulares deve se encaminhar ao órgão para registrar formalmente a queixa.

E MAIS

O titular da 2ª DD, Marcelo Bion, no Centro da Capital, disse à reportagem que deverá concluir as investigações sobre a venda de carteiras estudantis na escola particular Criança, no Conjunto Costa e Silva, na próxima semana. As investigações foram iniciadas depois que o delegado recebeu informações de que a direção do educandário estava vendendo o documento e a pessoas que não são estudantes. Porém, segundo a diretora do estabelecimento, que prestou depoimento na delegacia esta semana, garante que não tinha conhecimento sobre o fato e acredita que alguém pode estar utilizando o nome da escola para cometer tais irregularidades. Por enquanto, a polícia não pode acrescentar mais informações à imprensa para não atrapalhar as investigações.

Fonte: jornal o norte online

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