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Cobrança do uso do solo


Municípios paraibanos receberão mais de 60 milhões da Energisa em 2010, diz UBAM.


Municípios paraibanos receberão mais de 60 milhões da Energisa em 2010, diz UBAM. O assunto será debatido em encontro de prefeitos, no Cariri

Com a aprovação da Lei que permitirá a cobrança do uso do solo municipal, os municípios paraibanos vão ganhar um inesperado fôlego financeiro. É que a cobrança vai obrigar a Energisa a recolher aos cofres das prefeituras mais de 60 milhões de reais, já em 2010, quando a Lei do Uso do Solo entrará em vigor em todas as cidades da Paraíba.

A proposta foi apresentada pela União Brasileira de Municípios(UBAM), após, exaustivamente, tentar reverter o último aumento de 15,77% na conta de luz, aplicada pela concessionária desde o final do ano passado que, para a entidade, onerou significativamente o orçamento do municípios, além de causar uma retração no ritmo das vendas do comercio na indústria, diminuindo assim a arrecadação. Essa é a informação do presidente da UBAM, Leonardo Santana.

Segundo Leonardo, a proposta será inicialmente debatida nos encontros micro-regionais de prefeitos, começando pelo Cariri paraibano, com uma agenda de eventos que contemplará todas as cidades da Paraíba.

O Encontro de Prefeitos do Cariri será realizado no próximo dia 20 de março, sexta-feira, no Parque de Exposição de Taperoá, que contará também com o apoio da Associação dos Municípios do Cariri e Agreste Paraibano(AMCAP), com a participação do Instituto de Desenvolvimento Municipal e Estadual da Paraíba(IDEME), ocasião em que o presidente da instituição, o ex-prefeito do município de Mulungu, Achiles Leal, fará uma exposição sobre a necessidade dos municípios avançarem na elaboração do Plano Diretor, para que se evite um crescimento desordenado das pequenas cidades.

Para Leonardo Santana, a cobrança do uso do solo é uma medida legítima e igualmente justa, considerando que se qualquer empresa quisesse instalar um ponto de venda ou produção em área pública teria a obrigatoriedade de formalizar contrato com a prefeitura e pagar os encargos inerentes à área pretendida.

"Ora, a Energisa mantém milhares de postes fixados nas calçadas e ruas, além de poluir visualmente as cidades, com as fiações deselegantes e perigosas, cobrando uma energia cara, aumentando abruptamente o valor da tarifa, sem pagar nada pelos terrenos que usa. Isso pode ser caracterizado como uso ilegal de bem público e tratamento desigual ao que é estabelecido para outras empresas".

"Além disso, os municípios estão devendo muito à Energisa, sem uma contrapartida justa, ou seja, só pagam, pagam e nada recebem pelo uso de sua estrutura física. Pra se ter uma idéia, há prefeitura que deve a concessionária 10 vezes mais do que a sua arrecadação mensal, e quando partem para a negociação o valor salta para o dobro. Ainda mais, a Energisa lucrou só em 2008 mais de 180 milhões de reais, se constituindo a empresa que mais lucrou na Paraíba nos últimos 20 anos".

Leonardo espera que os Projetos de Lei sejam encaminhados a todas as câmaras municipais e aprovados, para então, depois de sancionados pelos prefeitos, entrarem em vigor no ano seguinte, já em 2010, quando os municípios terão acesso a um quantitativo de recursos que receberão mensalmente conforme o total da área usada pela concessionária. Ele disse que vem recebendo o apoio de 133 prefeitos que vêem na proposta uma saída financeira para seus municípios.

taperoa.com
Ascom

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