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Duas casas no bairro São José são atacadas por bandidos em menos de 12h

POR AQUI ELES NÃO PASSAM: Será mesmo que não? O aumento da criminalidade no bairro São José está fazendo com que os moradores reforcem a segurança das casas com a colocação de grades de ferro. Os arrombamentos a residências são frequentes. A população está cada vez mais preocupada com a ação dos bandidos e com a inércia das autoridades. No último final de semana uma casa foi invadida e outra por pouco também não foi assaltada.

Se você mora no São José e pensa em sair de casa e deixar apenas as portas fechadas saiba que isso não é mais suficiente para barrar os arrombamentos constantes por lá. ‘Para ser mais sincero’, avisa um dos moradores do local, ‘nem saia mais de casa e seja um prisioneiro do seu próprio lar para que assim se não puder evitar que pelo menos dificulte à invasão de ladrões’ que vem ocorrendo com freqüência em um dos bairros mais populosos do município.

A localidade já foi uma das mais tranqüilas da cidade, o que mudou severamente, pois só no primeiro semestre deste ano foi alvo da ação de criminosos que invadiram cinco casas, estupraram e mataram. Um jovem de 17 anos foi executado com cinco tiros recentemente, e de acordo com depoimentos de pessoas que preferem não serem identificadas, ele teria envolvimento com o tráfico de drogas, com violência sexual e com roubos no bairro onde também aconteceu outro crime bárbaro. No começo deste ano, um homem ateou fogo em um bêbado que ficou gravemente ferido e foi hospitalizado por vários dias em Campina Grande.

O São José, localizado a leste da cidade, a cada dia que passa se desenvolve mais e seguindo essa mesma linha estão os bandidos que têm tirado o sossego de quem vive na comunidade, como aconteceu com o casal de aposentados que foi mais uma vítima do roubo a residências. Eles tiveram a casa arrombada no último sábado, 30, e outra tentativa de invasão ocorreu menos de doze horas depois, já no começo da madrugada do domingo, 31.

As vítimas do último final de semana, que preferem não terem seus nomes divulgados, saíram de casa pela manhã e ao voltarem por volta das 16h perceberam a janela da cozinha aberta. Os dois logo estranharam o fato, pois tinham certeza de que haviam deixado todos os acessos devidamente trancados.

Em seguida, os moradores foram até a um armário onde colocam o dinheiro que é arrecadado com a venda de leite e de serviço de costuras e para surpresa deles, o montante havia sido levado.

Segundo o casal, os bandidos entraram por um corredor que existe por trás das residências, pularam a parede do quintal, subiram em uma cadeira próxima à janela, invadiram o recinto e roubaram cerca de R$ 100. O atrevimento dos criminosos foi tão grande que um deles ainda teve tempo de usar o banheiro, mas não deu a descarga.

As vítimas disseram que não vão prestar queixa na Polícia porque sabem que isso não resultará em nada e acreditam que o aumento desse tipo de crime está acontecendo porque os assaltantes sabem que as autoridades não estão agindo.

Quem tem a mesma opinião são outras pessoas que entraram em pânico na madrugada deste domingo, 31, moradoras do mesmo bairro, quando perceberam que havia um suspeito tentando entrar na casa delas.

Segundo a amiga da dona da residência, que também não quer ter seu nome revelado, era por volta da meia-noite e meia quando a criança disse para a mãe que tinha alguém forçando a porta para entrar.

A menina disse para as duas mulheres que ouviu o aparelho do celular do bandido tocar e quando ele atendeu falou que não poderia conversar no momento. Foi nessa hora que ela avisou para a mãe e em seguida as duas e a amiga da família começaram a gritar assustadas, o que motivou a fuga do acusado até agora não identificado. Uma das mulheres que estava na segunda residência atacada por criminosos é filha do casal que havia passado pelo mesmo sufoco poucas horas antes.

É PRECISO DENUNCIAR

Com a resistência das pessoas que têm suas casas atacadas por ladrões em denunciarem à Polícia fica cada vez mais difícil para as autoridades traçarem metas de combate a este e outros tipos de crimes, por isso a importância, mesmo que não seja esclarecido rapidamente, de as vítimas prestarem queixa dos delitos na delegacia. Dessa forma, o crime passa a existir oficialmente, já que foi registrado, do contrário, não entra para as estatísticas, medidoras da violência, e que dão um panorama para as polícias realizarem planos combativos.

Além dos roubos, a falta de denúncia agrava ainda mais a situação. Para se ter uma dimensão do problema, de todas as casas que já foram invadidas só nos primeiros seis meses deste ano no bairro São José, pelo o que consta, apenas duas tiveram os casos formalmente denunciados na Delegacia da cidade.

Os moradores também alertam para a venda de drogas na localidade, e problemas com o tráfico de entorpecentes podem ter provocado o assassinato de um jovem de 17 anos há pouco mais de um mês.

O rapaz, que também era acusado por moradores de praticar roubos a residências no bairro, parece que não agia sozinho, já que os crimes, se realmente contavam com sua participação, voltaram a ocorrer depois de sua morte.

Enquanto conversava com um amigo por volta das 20h do dia 21 de junho, o adolescente foi executado com cinco tiros e teve morte imediata. Os acusados até o momento não foram identificados.

Este mesmo garoto era também suspeito de cometer abuso sexual contra um homem que mora no São José, onde de acordo com vizinhos, o rapaz teria ferido o ânus dele com um pedaço de madeira. A vítima sofre até hoje as seqüelas do atentado com dores físicas e moral.

Enquanto não há uma solução por parte das autoridades que impeça a ação dos criminosos, os moradores do São José, que já pode ser considerado o mais violento do município, com bastante medo e preocupação estão colocando grades de ferro para reforçar a segurança de suas casas.

ESPERANÇA

O governo municipal parece que abriu os olhos para o problema. Recentemente criou a secretaria de Segurança Pública e colocou para tomar conta dela o ex-vereador Antônio Melquíades.

O primeiro secretário da Pasta agradou e renovou as esperanças da população no combate ao crime. Os taperoaenses acreditam que com o trabalho de Antônio a tranqüilidade poderá ser restabelecida. O secretário já atuou como delegado no município que ficou muito pacato à época.

O ex-parlamentar surge como a última esperança para pôr ordem na cidade, uma vez que a estrutura policial além de pouca e muito mal aparelhada não dá conta do recado. A não ser, claro, que você se embebede e fique tumultuando pelas ruas.

Para ajudar ao secretário e às polícias no combate à bandidagem, a Prefeitura pretende, não se sabe quando e nem quantos ainda, finalmente contratar os candidatos aprovados para guarda municipal no concurso realizado em 2009.

Como dizem que seguro morreu de velho, vamos esperar pra ver se não morre mais ninguém na expectativa de ser convocado, e para quem está vivo ser mesmo chamado para trabalhar.

 

taperoa.com
Com Jandro Gomes

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