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INSA executa projeto

Viabilizar a implantação de técnicas que conduzam à melhoria na qualidade da manta caprina comercializada na região de Petrolina (PE).

Viabilizar a implantação de técnicas que conduzam à melhoria na qualidade da manta caprina comercializada na região de Petrolina (PE). Este é o objetivo do projeto “Manta Caprina: Uma alternativa para agregar valor à carne caprina”, recentemente aprovado pelo BNB, cuja gestão será feita pelo Instituto Nacional do Semi-Árido (INSA), em parceria com a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Centro de Pesquisa Agropecuária do Trópico Semi-Árido (EMBRAPA/CPATSA).

Foram liberados aproximadamente R$ 45 mil para a execução do projeto, que contemplará a capacitação de produtores, visando padronizar as etapas do processamento da manta caprina, possibilitando a obtenção de produtos uniformes, com melhor padrão de qualidade e em melhores condições de comercialização, seguindo critérios do APPCC (Análise de Pedidos e Pontos Críticos de Controle). A mestra em Ciência e Tecnologia de Alimentos, Terezinha Duarte, membro da equipe, informa que todo o processo tem a finalidade de caracterizar a qualidade nutricional, sensorial e microbiológica, condição importante para tornar o produto competitivo no mercado.

Já o diretor do INSA, Roberto Germano Costa, enfatiza que serão confeccionados manuais técnicos e promovidos cursos de capacitação sobre ‘Boas Práticas de Fabricação’ entre produtores no município de Petrolina. “Esperamos, com realização deste projeto, colaborar para o desenvolvimento da cadeia produtiva no Semi-Árido, através de um produto que representa uma excelente alternativa de agregação de valor, viabilizando sua inserção nos mercados das grandes cidades nordestinas”.

Em tempo

A manta caprina é proveniente da desossa de carcaças caprinas, seguida de consecutivos processos de salga e secagem. Atualmente, a caprinocultura de corte destaca-se com a produção de carne de excelente qualidade nutricional, configurando-se como importante atividade econômica geradora de divisas, atuando como fonte de renda para produtores na região Nordeste do Brasil.

O rebanho caprino brasileiro perfez nos últimos anos os 10,3 milhões de cabeças, destacando-se a região Nordeste, com aproximadamente 92,6% do efetivo nacional, segundo dados do IBGE. Inexistem dados oficiais sobre a atual produção de carne caprina no País, uma vez que 95% dos abates são realizados de forma clandestina. Em pesquisa realizada na Embrapa Caprinos, estimou-se que no Brasil, em 2005, produziu-se cerca de 30 mil toneladas de carne caprina e que no Nordeste teriam sido produzidas, 28,5 mil toneladas.

A produção de carne caprina tem como alvo um mercado em plena expansão que, até pouco tempo, se caracterizava como de subsistência ou como mercado de carnes exóticas, uma vez que, não havendo oferta suficiente a preços adequados, não se conseguiu estabelecer o hábito de consumo, como se instituiu com as carnes bovina, suína e de frango. Em função do crescimento da demanda por carne caprina, produtos industrializados têm surgido no mercado, destacando-se a manta de carne seca.

É possível que em pouco tempo, a manta caprina possa ser produzida em escala industrial, sendo necessária a aplicação de técnicas modernas de abate, procedimentos higiênico-sanitários de produção compatíveis e sistemáticos, melhoria e padronização das técnicas de fabricação, bem como o uso de embalagens adequadas, que viabilizem a obtenção de produtos de boa qualidade, homogêneos e em condições adequadas de comercialização.

taperoa.com
Aline Guedes
Assessora de Comunicação
Instituto Nacional do Semi-Árido – INSA
Fone:(83)2101-6400 / 2101-6411 / 8715-8923

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