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Menino de Rua

Poeta Ivandir Soares Campos
Rio Branco – Acre, 13 – 05 – 2005

MENINO DE RUA

Dessa realidade nua e crua, a culpa é minha ou sua?
Tirá-lo de lá, somente por tirar, ajuda, mas a situação não muda.
O problema é mais profundo, principalmente nos países do 3º mundo.
Abandono, marginalidade e prostituição, neste mundo cão, qual seria a solução?
Dar roupa, dinheiro e comida, pouco ou nada contribui para mudança de vida.
Falta o amor, o conforto, o carinho, que só se encontram no ninho!
O ninho que eu quero falar não é somente a casa, é bem mais, é o lar.
Lar, doce lar! O aconchego familiar, para quem tem onde e com quem morar.
Mas, sem um teto, sem família, sem dinheiro, sem emprego, não há paz nem sossego.
A fome, a marginalidade, as drogas e a insegurança são as companhias dessas crianças.
Tendo como abrigo o viaduto, o banco de praça, a droga e a famigerada cachaça.
No jogo de bola, no cheiro da cola, a esquina da rua é a sua escola.
O jardim da infâmia, o pré-marginal até o diploma da faculdade do mal.
O problema é complicado, mas deve ser encarado, de frente, com solução coerente.
Se a família estiver bem estruturada, dificilmente haverá criança desgarrada.
Com casa, escola e emprego para os pais, menino de rua nunca mais.
Aí se trabalha a educação, fortalecendo a formação do futuro cidadão.
A família é o ancoradouro, o cais, porém é necessário muito mais.
O apoio da comunidade, do dirigente, do político, neste episódio crítico.
Além de muita oração, lembrando que não adianta a fé se não houver a ação.
A fé Deus nos dá de sobra, mas para confirmar a fé é necessário obra.
Por isto, ação efetiva pra quem está à deriva, o mundo atual nos cobra.
Diante deste quadro infame, de miséria, dor e fome qual a contribuição sua:
ignorar, criticar, batalhar para tirar ou colocar mais crianças na rua?

 

Ivandir Soares Campos
Rio Branco – Acre, 13 – 05 – 2005

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