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Praça Pedro Delmiro: Homenagem aos 119 anos das Cambindas Novas de Taperoá

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Foto registrada pela Antropóloga Érika Catarina no ano de 2012

No dia 17/03/2017, todos os vereadores da Casa Legislativa de Taperoá aprovaram o Projeto de Lei apresentado pelo vereador Antonio Vicente. A Praça localizada no Bairro do Alto, até então conhecida como Praça do Coração, a partir de agora, denomina-se de Praça Pedro Delmiro, em homenagem ao Sr. Pedro Levino Pereira, mais conhecido como Seu Pedro Delmiro.

No ano de 1898, o Sr. João Melquíades, um ferreiro, que veio de outra cidade para trabalhar em Taperoá, fundou juntamente com o pai do Sr. Delmiro Benvindo Pereira, convidando-o para fazer parte das Cambindas como o rei.

As Cambindas era formada só por homens negros. Pois rainha e bandeirista, também eram homens negros. O Sr. Delmiro Benvindo Pereira assumiu a diretoria das Cambindas no ano de 1907. Logo após de assumir, verificou que as Cambindas necessitava da voz feminina para ajudar a cantar e convidou algumas mulheres negras para fazerem parte do Grupo. Mas como algumas pessoas brancas achavam bonito quando as Cambindas passava na rua se apresentando, pediram para fazer parte do Grupo. O Sr. Delmiro aceitou na condição de que eles e elas se pintassem de preto. Com o passar do tempo, o Sr. Delmiro convidou o seu filho, o Sr. Pedro Levino Pereira para liderar o Grupo, assumindo-o no ano de 1976.

Assumindo as Cambindas, o Sr. Pedro Levino Pereira, verificou que precisava comprar mais fantasias, pois as que tinham estavam danificadas e obsoletas. Para ajudar o Grupo, as pessoas pregavam dinheiro na bandeira quando as Cambindas saiam nas ruas pedindo ajuda.

No ano de 1992, o Sr. Pedro Delmiro passa a responsabilidade do Grupo para o seu filho, Edinaldo Levino Pereira, conhecido hoje em Taperoá como “Nêgo Nau”. Mesmo assumindo a liderança do Grupo, convidou o seu pai para que continuasse ativo nas Cambindas como o Conselheiro.

Desse forma, pode-se frisar mais uma vez, assim como disse o atual mestre, Nau, em entrevista no dia 06/02/2017, “As Cambindas vem passando de geração em geração, pois vai passando de pai para filho”.

Fonte: Caderno da História das Cambindas escrito em 1993.

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