O espetáculo Ariano teve inicio, neste 28/03, um pouco antes da hora prevista, 16h, e o local da realização da peça também não foi na frente da Igreja como se esperava. As mudanças de última hora não tiraram o brilho da apresentação que encheu de alegria as pessoas que assistiam ao espetáculo no interior da Igreja Matriz.
Taperoá sorriu, assim como os personagens da obra de Ariano. O publico, atento, não perdia um só momento da encenação. Cada movimento que os atores faziam a platéia ria, aplaudia como se fosse um movimento único.
Ariano não veio, como já se esperava, mas não faltou quem o representasse. Taperoá se fez presente, numa demonstração de carinho ao filho ilustre que tanto leva o nome da terra que ele adotou como se sua fosse. A diversificação do espetáculo é algo que impressiona. A todo momento as pessoas foram sendo surpreendidas pelo, ora, parecia ser real e ora imaginário de Ariano e Quaderna, apresentado pelo ator GUSTAVO FALCÃO.
O cenário simples, mas rico de significados, era uma atração. A música, outra marca do espetáculo, entrava na hora certa, uma verdadeira sinfonia para os ouvidos atentos de uma platéia que não se cansava. No final os taperoaenses aplaudiram de pé como sinal de agradecimento ao grande Rei;
“Aqui morava um Rei, quando eu menino:
vestia ouro e castanho no gibão.
Pedra da sorte sobre meu Destino,
pulsava, junto ao meu, seu Coração.
Para mim, seu cantar era divino,
quando, ao som da viola e do bordão,
cantava com voz rouca o Desatino,
o Sangre, o riso e as mortes do Sertão.
Mas mataram meu pai. Desde esse dia,
Eu me vi, como um Cego, sem meu Guia
que se foi para o Sol, transfigurado.
Sua Efígie me queima. Eu sou a Presa,
Ele, a Brasa que impele ao Fogo, acesa,
Espada de ouro em Pasto ensangüentado”.
De Taperoá a companhia segue, com a Turnê Grande Chico, para a cidade de João Pessoa onde fará última apresentação no dia 31/03, depois de ter passado por Belo Horizonte, Salvador, Aracaju, Maceió e Recife.
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